segunda-feira, 7 de janeiro de 2013


















Prazer, sou destroços. Um amontoado de lembranças, um poço de saudades… do que se foi, de quem eu fui, de quem deveria ter ficado, do sonho que não se realizou, de cada expectativa que se frustrou. Quem eu sou? Está pergunta é inválida, sou um composto heterogêneo, uma mistura indecifrável, alguém instável. Inconstância, esse é o meu sobrenome. Adoro lugares amenos, extremos me irritam, odeio tudo que se parece comigo. Nunca soube ser normal, quieto, água com açúcar. Mudei tanto, que as vezes me olho no espelho e nem me reconheço mais, quem dirá as pessoas. Sou pedaços colados, o tempo agiu depressa, o coração da gente parece uma fina película de cristal, depois que se quebra pela primeira vez, nunca mais se torna a mesma, existem dores que jamais sessarão, existem feridas que jamais cicatrizarão, mas tudo aparentemente passa, acostumamos com a dor, ou simplesmente aprendemos a sorrir, sou o segundo caso.

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