sábado, 13 de outubro de 2012


Ela não era uma menina como todas. Ela não gostava do rosa ou do amarelo, do salto alto… Se contentava com um simples chinelo. Sorria por aí como um poço de felicidade, mas dentro dela escondia a triste realidade. Ela tocava violão, era insegura, cabelo de lado demostrando pra quem pudesse perceber, a fraqueza. Era complicada e “não ia conseguir”, mesmo antes de tentar. ”Ninguém iria se agradar por ela”, mesmo antes de conhecer. Era difícil de lidar. Recusava sem perceber a própria felicidade. Não conhecia nem mesmo a própria cidade. Vivia com um peso de memórias, onde todos os dias contava pra si mesma sua própria história. Mas ela amava e aí estava o erro. Ela dava o sangue, a vida, o coração, ela fazia de tudo por aquele garoto. E era retribuída.. por frases incompletas, silêncios amargos, indiretas causadoras de lágrimas em suas noites. Ela não sabia o que fazer. Uma vez te disseram que esperar era o melhor remédio. E ela esperava, a muitos anos, porque ela não era uma menina como todas.

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